quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Composição

O delírio da imagem afoga o meu verbo.
Meu verbo afogado resgata seu delírio da imagem.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Passo Íntimo

Dá pra correr antes de equilibrar? porque vou arriscar e... devo precisar de sorte.
A verdade é que desde 1991, sou ansioso demais. Lembro que em uma das peças que participei, quando ainda era uma criança de bochechas rosadas, fiz o papel de um guarda que levava um bebê até o rei, para ser dividido ao meio. Minha entrada deveria ser épica, devagar e cheia de suspense, mas quem poderia contar com problemas técnicos no meu figurino de papel, cola e grampos? Sim, minha parte de baixo, que era algo como uma saia(?) de papel laminado, caiu enquanto eu caminhava rápido demais para a cena, por causa da ansiedade e incômodo de ter todas aquelas pessoas em volta, com grandes expectativas para a típica peça do jardim de infância. Enquanto todos me olhavam com aquela cara de "aimeudeus, tadinho" ou "aimeudeus, risos eternos" levantei rapidamente a saia laminada e continuei caminhando, agora mais rápido e com a mão direita segurando a "saia traidora".
Depois de tantos anos, acho que enfim cheguei a outro ponto extremo de ansiedade. Meu plano para o início do ano que vem é específico, incerto e provavelmente depende mais dos outros do que de mim. Estou planejando correr, antes mesmo de ter dado passos significativos na linha reta que o mundo resolveu estabelecer para qualquer pessoa que mude de interior para capital, atrás de experiências distintas.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Me fale sobre amor

"E, supunha, todo mundo possuía esse
sentido de possibilidades ilimitadas."

É aquela coisa de expectativas e realidade, né? Pode ser um sorvete na rua, leitura na praça, banho de chuva ou conversa com estranhos, não importa, tenho expectativas extremas quando se trata dos outros. Sabe, geralmente há aquela coisa de regras que as pessoas colocam na cabeça, por algum motivo qualquer, e deixam de aproveitar algumas passagens especiais do tempo, repelindo sensações diferentes. Cansei de repelir sensações diferentes e não digerir minhas frustrações. Deve ser hora de colocar cor nessas bochechas e abrir sorrisos mais largos. Me fale sobre amor e te falarei sobre amor.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Conforto

Estou pensando em fazer um texto. Um texto sobre o que estou sentindo. O que estou sentindo é meio estranho. Estranho é como tá ficando esse texto. É inconstante, não é? Ou estou sendo prepotente? tanto faz. Estou satisfeito escrevendo aleatoriamente enquanto meu cachorro está dormindo no meu colo, com aquela cara de sempre - cara-de-velho-gordo-rico-feliz. Que tem netos que o visita as vezes durante o mês, em uma de suas casas cercadas por árvores que brotam coisas de cor rosa ou amarelo.
Sabe, dia de chuva me deixa com uma cara de velho feliz também.

domingo, 18 de julho de 2010

Bandilata.

Devo estar numa trilha de retalhos, né? Vou pegando alguns para praticar o cubismo, criando variáveis mapas coloridos. O estranho é que parece ser atrativo só para mim. Tá, chega. Vou deixar isso claro: Estou tentando criar camadas nos meus dias e morder a maçã com todos os dentes - ela sendo dura ou não.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Folga Ilimitada

O meu primeiro dia oficial de adeus-emprego-que-paga-pouco-pra-o-que-eu-faço foi na segunda, e te conto uma coisa: Tudo estava sorrindo para mim, até mesmo o meu reflexo na janela do ônibus.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vinte e oito dos cinco

Hoje me demito.
Hoje avanço.
Hoje ando por todos os cantos.
(Igual "aquela música" dos novos baianos.)

sábado, 15 de maio de 2010

Pedras Francesas

Minhas pedras da França estão chegando, ê. Talvez venha uma barata também. Okay, a barata era só uma mentira de Luedy. Mas enfim, sobre as pedras:
A alguns meses atrás, antes de um amigo -Luedy- ir para o seu -invejável- intercâmbio para a França, fiz um pedido. Digo, escolhi o presente que queria receber quando ele retornasse. Na verdade, não foi apenas um presente que escolhi, foram vários. Decidi que não poderia perder a oportunidade, certo? Alguém indo para a França e tudo mais. Foi então que resolvi pedir várias pedras, de cada lugar que ele visitasse. No futuro serviria como um incentivo para mim. Além de que eu poderia me sentir mais conectado com as coisas... ter aquela sensação de que eu tenho algo valioso de outro lugar e que aquilo já fez parte da história de várias pessoas, de uma cultura diferente e blablabla.
Hoje são mais de 30 pedras e estão catalogadas. Receberei no início de Julho. Esse meu interesse por pedras surgiu no início do ano passado, portanto é uma paixão imatura ainda. Pode ser alterada com algum tempo e seu valor regredir. Enfim, por enquanto continuo aceitando-as. Embora saiba que algum dia terei que ir atrás delas.

sábado, 17 de abril de 2010

Desfoque

Só pensava em caminhar durante a noite,
com pouca roupa e pés descalços sobre a
grama verde-esmeralda, para assistir o céu e
visualizar cometas passando por cima
de sua cabeça inquieta.

No primeiro contato visual,
Seus olhos anciosos devoraram o brilho do cometa.


Está frio aqui. A paisagem está vestida com uma neblina leve e quase impercepitível a análises superficiais. Encaro como uma sonoridade aguda... ou um longo suspiro. E, lembra daquela cor azul que contornava o ambiente? Não sei se te contei com objetividade anteriormente, mas no momento ela está vestida com camadas desta neblina, ofuscando-se pela incompatibilidade de intensidade. Não sei mais como mantê-la. Oh, como mantê-la? Essa não é a primeira vez que acontece e certamente não será a última.

And... BANG.

- BANG, BANG.
Pelo egocentrismo, desinteresse e silêncio.
Sabe? Adeus - and BANG. Pronto.
Não, não está resolvido.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Nuance

É como comer nuvens. Estou comendo nuvens. Nuvens secas e claras, que flutuam em meu estômago e absorvem o meu oxigênio. Fazem-me... Sim, enfim.

terça-feira, 30 de março de 2010

Hmm

É incrível por ser inesperado. Logo comigo, hm.
Okay, o texto vem depois.

terça-feira, 23 de março de 2010

"Voltou a dormir. Não queria acordar."

Não sabia o que se passava. Em minutos atrás sua face contornava prazer. Agora, mostrava-se infiel a seus resquícios de felicidade. Temia que nada iria seguir da forma planejada, e que provavelmente voltaria atrás, ou inventaria qualquer desculpa. Além de que, sabia que limites encontravam-se atrás de seus desvaneios, mas não queria acreditar neles. Talvez fosse por medo ou amor. Mas, independente da forma que imaginasse, isso era simples. Dependia apenas do reflexo do céu em sua alma. Pois as frases que possuia, lacradas em seu armário, já não eram mais claras, embora fossem puras. Decidiu enfim, prosseguir com seus novos contornos faciais. E, se eles desaparecessem no outro dia, era sinal de que algo novo inundaria sua rotina antes do esperado.

Dia certo para coisas invisíveis - foi o que pensou.
- Não consigo te ver - Sibilou, enquanto encarava-se no espelho.
- Okay, não pode ser tão dramático assim. Se esta manhã úmida não me revelar com sua claridade, ainda tenho a tarde e a noite. E, ainda posso tentar conversar com o Sol e a Lua. Digo tentar... porque eu sei que não encontrei um balão apropriado para elevar meus anseios. Ainda deve restar algum tempo para eu encontrar o mais exótico dos balões... antes de pirar - suas últimas palavras não soaram em sua mente como pareciam em teoria. Foi amargo.

Largou o espelho. Arrastou-se para a cama desarrumada. Voltou a dormir. Não queria acordar.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Resquícios

"Vem cá me dar um abraço bom,
como a despedida de quem sabe que volta um dia."
"Saudades no coração, roupas de frio no verão.
A lua crescente sorri. Ainda é noite clara aqui."

Noite Clara - Ludov


A noite esteve clara durante toda a semana, para a minha felicidade e nostalgia. Nostalgia me faz bem. É o que me motiva. Lembro do que preciso fazer, do que quero alcançar e do porque de passar por coisas que eu não esteja completamente de acordo, mas que sei que serão úteis algum dia - segundo minha mãe, irmã e sábios amigos, é claro.
Lembro dos meus planos e conversas agradáveis e bobas com meus antigos amigos. Sim, lembro-me Glaucia, de quando eu ficava analisando-a na lan house, baixando centenas de imagens do sesshoumaru, da sua profusão de loucuras, especialmente quando fomos em cima do carro do seu pai uivando - mesmo - sobre a noite que aconchegava a todos nós, foi como um dia em algum anime. E, a propósito, de como roubava todos os seus animes em mídias que possuem até hoje rabiscos seus. Lembro-me bem Bruno, de quando você mentia e divertia a todos, mas também lembro de como me alimentava bem em sua casa e como você era um ótimo amigo quando queria. Lembro-me Matheus, do seu silêncio agradável e de suas namoradas semanais. Lembro-me bem Liz, de quando planejávamos limpar o Rio Cachoeira, de sua calça rasgada nos joelhos, - tão odiada por sua mãe - de como queríamos que algo sobrenatural surgisse diante dos nossos olhos adolescentes e de quando passamos aquela tarde na praia, analisando aquele vasto céu azul que nos fazia sonhar e amar. E enfim, lembro-me bem Pablo, do que você era, do seu melhor e do seu pior. Sim, lembro-me de tudo e quero manter todas as minhas lembranças eternizadas em palavras imaturas, porque assim era e assim que deve ser, por vocês e por mim. Afinal, nesses anos que atingi a melhor sensação que já obtive em minha existência humana - tenho certeza que vocês também.
Saudade, sinto de vocês. Saudade, sinto de mim.


Hoje, a lembrança alimentou um sorriso e depois o desprezou, já estava cansada dele. Ele sempre apresentava-se para todos, de qualquer forma. Ela queria exclusividade, pelo menos hoje. Correu em direção aos olhos e concedeu um pouco de líquido para eles. Queria testar sua beleza. Queria ser amada. Conseguiu. Foi o necessário para a satisfazer durante algumas horas.


terça-feira, 16 de março de 2010

Neon

É tão egoísta, que devora-me.
Deseja-me, mas deseja-me com garras.
Entendo, concordo. Arranha-me.
Agora lasque as máscaras depreciativas,
conceda a cor viva.
Esfregue o rubor em teu corpo.
Deseje-se, com sentido

sexta-feira, 12 de março de 2010

Simples

"Teu desejo de mudar é exageradamente volumoso
para ser mantido em pequenas mãos.
Tem que ser espalhado pelo corpo,
como uma nova camada de pele".


O dia amanheceu claro. Minha casa forma uma sinfonia, nessa manhã. Escuto o barulho áspero da panela de pressão da minha mãe, do noticiário da tv do meu pai - com o volume estourado - e algumas melodias do Chopin, em meu computador. Acordei bem, é sexta. Irei para o trabalho em alguns minutos. Gravarei os Vts aprovados e levarei na tv - acho que ainda não contei, fui contratado e agora vou para a produtora de manhã e de tarde, só que ainda não me adaptei a vender minhas horas.
Algumas coisas foram bem nessa semana, mas a maior parte delas continuam em desequilíbrio. Ou, talvez só estejam longe da minha liberdade. Err, cada um tem seu tipo de liberdade, o meu é passar o dia todo fazendo o que eu quiser e onde eu quiser - qual o seu tipo?. Trabalhar está nitidamente distante do que eu quero nesse momento. Não consigo me concentrar para encarar o enorme livro de história da arte ou tentar assimilar detestáveis calculos matemáticos. Não há tempo para isso, há? Digo, eu sei que há. O problema é que nunca estou satisfeito com o que tenho e fico criando mais obstáculos para não encarar o desagradável. E, de qualquer forma tenho poucas horas do dia dedicadas exclusivamente para mim... estou pensando em largar tudo em junho e começar a devorar conhecimento. Hoje, sinto-me faminto.

terça-feira, 9 de março de 2010

Dica

Eu sei, tenho que atualizar. Mas meu tempo casou-se com várias obrigações e me deixou de lado. Visita-me poucas horas por dia - embora eu ache que ele só venha por causa do sono. A propósito, sexta-feira prometo postar sobre o casamento de Camila, meu contrato na produtora e algum outro texto que ainda não nasceu.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Metamorfose

"O decorrer dos dias nunca foi tão surreal como está sendo nos últimos meses, eu sei. Existe o tempo, desejo, prazer, ilusão e fato. Equilíbrio, talvez. Dias sim... dias não."


Ontem era a explosão da fusão entre o sabor do melão com queijo, de algo diferente. Hoje, infelizmente tornou-se fugaz quando as horas caminharam em passos apressados e desalinhados. Foi diluindo-se; transformando-se pelo sabor de outros elementos constantes e desajustados à sua fórmula, que outrora era tão promitente e singular. Seu valor transformou-se também, regrediu. Agora vale como lembrança - em fato, lembrança de uma pequena percentagem do que realmente era. Eis o problema de iludir-se com o desejado e de matar a realidade com suas próprias mãos.
Previsível, apenas foi a sensação do amargo, nunca quis acorda-lo, só cantarolar melodias doces para ele, em sua cama coberta de algodão e plumas brancas que, além de tudo, era protejida por uma torre revestida de marfim e produzida de medo.

Existem buracos na atmosfera. Existem, eu também sei. Buracos nas ilusões da alma, mas também na objetividade de suas palavras - mortas.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Arjuna

"É prisioneiro não só de suas palavras,
mas também de seus pensamentos.
"


O pudor de alcançar o inevitável atinge parte de todas as esquinas, com seus respectivos membros deslocados e lacrados por palavras limitadas, cheios de pontos e vírgulas. Pontos não são tão interessantes. Embora sejam relevantes, não gosto de usá-los com frequência. Não gosto de encerrar, é entediante demais. As expectativas dissolvem-se por causa dos pontos, restando apenas ilusões e distrações paralelas.
Com a vírgula é diferente. Ela separa mas não finaliza. Nunca irá finalizar. E, por que deveria? Estamos em crescimento, sempre em crescimento. Não devemos obter conclusão para nossa essência ainda em processo de amplitude. Somos vácuo, apesar de tudo. Por que não querer preenchê-lo com todo o mundo? Engolir o mundo e saborear cada um de seus minúsculos pedaços e digeri-lo aos poucos para alcançar o inevitável, ou seja esquecer os julgamentos determinantes e consequentemente adaptar-se ao meio da vida, sem pudor de ser tudo e querer ser tudo, afinal somos um.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Butoh

"Pipa no ar, de papel crepom
Grito de torcida
Minha alma está solta"


Quando a poesia que percorre em sua alma, alcança a superfície de seu corpo e de todos os membros existentes nele, você pode transbordar o Butoh. Butoh é uma dança contemporânea japonesa orginalmente conhecida como dança das sombras. Recupera a vitalidade do corpo e esmaga as tensões do cotidiano. A essência do Butoh é proporcionar o máximo de sensações possíveis, criando vínculo entre o manipulador da arte e o universo em volta dele, fazendo-o perceber cada linha de seu corpo e todos os seres, vivos ou não. É quando os limites de expressão acabam e você passa a compreender mais o sentido de sua vida e seus anseios de felicidade ou tristeza. Talvez, seja quando você encontra a pureza do mundo.
Inicialmente, interessei-me pelo Butoh por conta do filme "Kirschbluten: Hanami" - que assisti ontem. O filme envolve-se com cenas chocantes de demonstração da complexidade e simplicidade dessa dança tão exótica a um par de olhos brasileiros. Olhos, que provavelmente não irão esquecer da poesia viva que presenciaram - Até tentei realizar alguns movimentos, mas não tive muito sucesso.
Talvez por ter trocado de teto e paredes, era o que eu estava procurando ontem, algo novo. necessitava de algo para acompanhar o novo cenário. A paisagem agora é verde. Me satisfiz, enfim. E, acho que adiquiri mais um desejo, assistir alguma apresentação de Butoh e fazer algo que me envolva mais com as formas do universo, além das minhas alucinações na beira rio, preciso de algo como Yoga ou Joshin Kokyuu Ho.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Irreverência

"Hoje o tempo não passa
Não transborda, nem grita
Ele para - entediado."

Entretido, então está o tédio. Tão generoso, saltando para todos os lados - silenciosamente - e abraçando todas as formas... vestindo-se de deus.
Tornou-se feroz em pouco tempo e agrediu sem piedade a tela de cores, jorrando o branco em sua forma - agora deformada. Não houve tempo ou algo para enfrentá-lo de forma digna e justa. O Sol não esteve nítido o suficiente para ofuscá-lo, causando a ausência do nascer de mais um crepúsculo avermelhado e lilás, que não pôde se apresentar às estrelas, a tempo de avisá-las que hoje deveriam aparecer de qualquer maneira. Estrelas, que agora dormem e afundam-se em um véu negro e belo.

Hoje, o tédio é curinga.


ps: Estou mudando de casa. Isso significa ficar sem conexão durante seis dias. Deseje-me sorte, q.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Do nada e Por nada

A sinopse - mesmo que detalhada - não é satisfatória, só atrativa. Não é a realidade do conto ou da fábula. É como ler as 40 primeiras páginas de um livro, que é quando você se apega aos traços de personalidade, gostos e gestos de certo personagem e sente-se conectado a ele. Quando a imagem real está mesclada com muito amor e delicadeza, desequilibradamente. Nesse esboço, a realidade passa com vestes claras à olhos devoradores de novidade e prazer que já estão iluminados e cansados de cores similares. O que provoca no final dessa página a sensação de suavidade e hortelã - o prazer do novo. É então quando você percebe e diz para você mesmo, baixo ou euforicamente em sua mente "eu vou querer guardar essa sensação para sempre". E por que não? É tão deliciosa, cada segundo dela é tão livre de superficialidades e problemas... - claro - os problemas começam na 100ª página, quando o personagem torna-se claro, e sua personalidade também - mas estamos muito longe disso, ainda. Esse prazer, nos estimula a extrair de cada segundo, um sorriso de nossa face, um sorriso bobo, porém decidido e que necessita de um sorriso recíproco. Sem medo para sentir, feridas para curar... por isso é tão bom, por estar livre de mínimas e microscópicas formas de julgamento. É, enfim o prazer de amar pela beleza do gesto.


"Você já amou

pela beleza do gesto?
Você já mordeu
a maçã com todos os dentes?
Pelo sabor do fruto,
a sua doçura e seu gesto
Já se perdeu algumas vezes?"

"Sim, eu já amei
Pela beleza do gesto.
Mas a maçã era dura,
e quebrei os dentes.
Essas paixões imaturas,
esses amores indigestos
Deixaram-me mal disposto algumas vezes"

Alex Beaupain



E, embora se trate do mesmo tema, a MARIA tem algo diferente a oferecer a vocês. Com romantismo, talvez - coisa que não apareceu necessariamente por aqui hoje.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fluxo


Pessoas que me fazem querer um lençol marrom, café ou chocolate quente, são as melhores. Geralmente parte das pessoas que me proporcionam essa inesgotável fonte de prazer, são os velhinhos - risos. Velhinhos me fazem querer viajar em um balão amplo, com um cobertor marrom e uma caneca verde cana. Me fazem querer saltar após chegar lá em cima - liberando a ilimitada sensação de liberdade - e flutuar com um paraquedas que vai de olho a olho - meu sorriso largo e estranho. Beirut é outra fonte, sempre me deixando inspirado e consequentemente frustrado por não conseguir o que eu quero na hora desejada, mas não importa. Sempre será assim comigo e com todos nós. Desejando e desejando... sem medir ou criar piso. Sou grato por isso. Grato a beirut, aos velhinhos inspiradores e ao marrom e verde, que me deixam tão confortável e estimulado intelectualmente. A propósito, essas cores me fizeram lembrar meu curta favorito:
La Maison en Petit Cubes - quem tiver a oportunidade, assista.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Fadas em conserva... um bom espelho

Vida: E sabe, quando você sente fadas e gnomos correndo por suas veias e decide que eles nunca parem de correr e dançar sob tua pele? Exato, também não quero que acabe. Não quero que acabe a melodia ou as conversas que levam horas - leves. Não aceito... inquestionável. Sentidos são de fato o que mais valorizo, não há como perde-los. Por isso, gosto da veracidade do realismo, da paixão do romantismo e da beleza do surrealismo.
Fato: Hoje, 03 de Fevereiro. Dia de sol, muito sol - Descobri que quando existe uma ladeira e você tem que caminhar nela diversas vezes, parece "fazer" mais sol ainda. Icone - produtora onde continuo no meu estágio de edição gráfica - nada demais para fazer - dia longo e cansativo. Casa, água. Lavo-me - sem sucesso - tentando tirar os vestígios de um dia chato. Computador, Beethoven, Internet - Brenda não quer me ensinar como colocar link no perfil do orkut da forma bonitinha, Maria decide sumir - acompanhando Patrícia, que está longe - E Alisson resolve fazer piadinhas sobre o casamento de Camila - onde serei um Pajém, q. - Resta a fuga, filmes - olho minha pasta de download e encontro tudo que precisaria para hoje, mas não há paciência para os filmes em uma Quarta-feira exaustiva.

- E então, o que fazer? Deveria comer? mais? - pergunto.

- Não, não devo. Eu deveria pesquisar sobre ansiedade... estou começando a achar que de fato sou mais ansioso do que deveria
- respondo.


- De fato, é preocupante... o Doritos terá que esperar
- concluo.


Enfim, aguardo a quinta e sempre... a sexta.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Êxtase

"Vem lançar o disco paralelo.
(E na capa) flores no teu cabelo, flores no teu cabelo.
Nada vai mudar."

Meu bem é o prazer - redundância, oi? - O prazer de sentir a profusão de cores do caminho de casa até a beira rio, rasgando em minha face, a crosta indiferente formada pelos dias que se passam. Com cores inconstantes eu passo a viver e a sentir tudo... até mesmo a formiga mais simples e minúscula encontrada por trás das folhas espalhadas pelo chão áspero e desprezado, pelos pés dos pedrestes de Itabuna. Sim, é o que me faz bem. Sabe, feliz e humano? Completo... É mais útil do que filmes - as vezes. É quando eu me sinto desconectado dessa cidade tão oposta. Quando passo a acreditar e formar meu universo paralelo. Quando provavelmente sou considerado como estranho. Sim, é o que me faz bem. Até hoje eu só encontrei uma pessoa, filme e anime que transmitissem isso também. Enfim, estava com vontade de compartilhar. Vamos dançar, agora.

Dependência

"E não há o que esperar,
Há o que sentir."

Há o que sentir. Eu sinto a segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e o domingo. Sinto meus amigos, família e trabalho. Sinto-me... - sinto-me ofuscado. Por pessoas com seus problemas e paixões... suas realizações, seus temores. Por toda a consideração que ligam os laços selados por palavras e conforto. Ofuscado pela utopia que anseio. Afinal, quem seria tão contraditório ao ponto de preferir os sonhos do que a realidade? Quando mudará e se tornará... verdade?

domingo, 31 de janeiro de 2010

Faltam 11 meses, praticamente.

Bem banal, dica.

Okay, vamos lá. O ano começou 30 dias atrás e considerando minha falha no ano passado ao tentar fazer o meu cpf e outros documentos essênciais para uma pessoa normal conseguir direitos e coisas do tipo, eu já deveria ter ido tentar tirar nesse ano também. Okay, eu fui. Mas, não tirei. Não estava com dinheiro suficiente, afinal eu sempre coloco filmes e comida na frente de responsabilidades... é ótimo na hora... alias, depois também - risos. Anyway, preferi ir assistir A Princesa e o Sapo com Brenda, comer mcfritas de R$ 4,00 e assistir Avatar - que a propósito, me encantou tanto que passei um dia frustrado, tentando sonhar com aquele planeta e... enfim, não vou falar disso, q. Vamos pensar sobre minha semana, - okay Pablo... vamos pensar sobre ela - err, digo, foi uma boa semana. Eu tenho necessidade de conhecer pessoas novas depois que passo um tempo com as de sempre. Eu fico estimulado quando as conheço. Volto a desenhar, criar e planejar. Planejar coisas para a próxima semana, mês e ano - nunca nessa ordem. Eu sempre faço isso... me empolgo, planejo, faço e não faço - depende do meu humor, infelizmente.
Nessa considerável semana eu voltei a desenhar e resolvi criar o blog. Até agora não fiz nenhum desenho "super" como eu sempre fazia no ano passado, mas eu sei que uma hora ou outra vai sair bacana e aí vou poder, enfim, compartilhar com vocês. Eu tenho que começar a investir em meus desenhos, omg! Digo, OMG! O ano vai acabar em 11 meses, comofas? Terei vestibular e mudarei de cidade. Mudar de cidade... desde quando comecei sonhar com isso? rs. Não suporto rotina, embora viva em uma rotina de acordar, assistir tv, ir para o estágio a tarde, acessar a internet a noite, assistir filmes, animes e séries, dormir e... sonhar e despertar - por que tem sempre o "despertar"? tsc. Enfim, 11 meses... em 11 meses tudo vai mudar.

Prometo atualizar esse blog regularmente. Devo isso a enorme quantidade de blogs que abandonei durante minha adolescência, q.