quarta-feira, 31 de março de 2010
Nuance
É como comer nuvens. Estou comendo nuvens. Nuvens secas e claras, que flutuam em meu estômago e absorvem o meu oxigênio. Fazem-me... Sim, enfim.
terça-feira, 30 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
"Voltou a dormir. Não queria acordar."
Não sabia o que se passava. Em minutos atrás sua face contornava prazer. Agora, mostrava-se infiel a seus resquícios de felicidade. Temia que nada iria seguir da forma planejada, e que provavelmente voltaria atrás, ou inventaria qualquer desculpa. Além de que, sabia que limites encontravam-se atrás de seus desvaneios, mas não queria acreditar neles. Talvez fosse por medo ou amor. Mas, independente da forma que imaginasse, isso era simples. Dependia apenas do reflexo do céu em sua alma. Pois as frases que possuia, lacradas em seu armário, já não eram mais claras, embora fossem puras. Decidiu enfim, prosseguir com seus novos contornos faciais. E, se eles desaparecessem no outro dia, era sinal de que algo novo inundaria sua rotina antes do esperado.
Dia certo para coisas invisíveis - foi o que pensou.
- Não consigo te ver - Sibilou, enquanto encarava-se no espelho.
- Okay, não pode ser tão dramático assim. Se esta manhã úmida não me revelar com sua claridade, ainda tenho a tarde e a noite. E, ainda posso tentar conversar com o Sol e a Lua. Digo tentar... porque eu sei que não encontrei um balão apropriado para elevar meus anseios. Ainda deve restar algum tempo para eu encontrar o mais exótico dos balões... antes de pirar - suas últimas palavras não soaram em sua mente como pareciam em teoria. Foi amargo.
- Okay, não pode ser tão dramático assim. Se esta manhã úmida não me revelar com sua claridade, ainda tenho a tarde e a noite. E, ainda posso tentar conversar com o Sol e a Lua. Digo tentar... porque eu sei que não encontrei um balão apropriado para elevar meus anseios. Ainda deve restar algum tempo para eu encontrar o mais exótico dos balões... antes de pirar - suas últimas palavras não soaram em sua mente como pareciam em teoria. Foi amargo.
Largou o espelho. Arrastou-se para a cama desarrumada. Voltou a dormir. Não queria acordar.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Resquícios
"Vem cá me dar um abraço bom,
como a despedida de quem sabe que volta um dia."
"Saudades no coração, roupas de frio no verão.
A lua crescente sorri. Ainda é noite clara aqui."
como a despedida de quem sabe que volta um dia."
"Saudades no coração, roupas de frio no verão.
A lua crescente sorri. Ainda é noite clara aqui."
Noite Clara - Ludov
A noite esteve clara durante toda a semana, para a minha felicidade e nostalgia. Nostalgia me faz bem. É o que me motiva. Lembro do que preciso fazer, do que quero alcançar e do porque de passar por coisas que eu não esteja completamente de acordo, mas que sei que serão úteis algum dia - segundo minha mãe, irmã e sábios amigos, é claro.
Lembro dos meus planos e conversas agradáveis e bobas com meus antigos amigos. Sim, lembro-me Glaucia, de quando eu ficava analisando-a na lan house, baixando centenas de imagens do sesshoumaru, da sua profusão de loucuras, especialmente quando fomos em cima do carro do seu pai uivando - mesmo - sobre a noite que aconchegava a todos nós, foi como um dia em algum anime. E, a propósito, de como roubava todos os seus animes em mídias que possuem até hoje rabiscos seus. Lembro-me bem Bruno, de quando você mentia e divertia a todos, mas também lembro de como me alimentava bem em sua casa e como você era um ótimo amigo quando queria. Lembro-me Matheus, do seu silêncio agradável e de suas namoradas semanais. Lembro-me bem Liz, de quando planejávamos limpar o Rio Cachoeira, de sua calça rasgada nos joelhos, - tão odiada por sua mãe - de como queríamos que algo sobrenatural surgisse diante dos nossos olhos adolescentes e de quando passamos aquela tarde na praia, analisando aquele vasto céu azul que nos fazia sonhar e amar. E enfim, lembro-me bem Pablo, do que você era, do seu melhor e do seu pior. Sim, lembro-me de tudo e quero manter todas as minhas lembranças eternizadas em palavras imaturas, porque assim era e assim que deve ser, por vocês e por mim. Afinal, nesses anos que atingi a melhor sensação que já obtive em minha existência humana - tenho certeza que vocês também.
Saudade, sinto de vocês. Saudade, sinto de mim.
Hoje, a lembrança alimentou um sorriso e depois o desprezou, já estava cansada dele. Ele sempre apresentava-se para todos, de qualquer forma. Ela queria exclusividade, pelo menos hoje. Correu em direção aos olhos e concedeu um pouco de líquido para eles. Queria testar sua beleza. Queria ser amada. Conseguiu. Foi o necessário para a satisfazer durante algumas horas.
terça-feira, 16 de março de 2010
Neon
É tão egoísta, que devora-me.
Deseja-me, mas deseja-me com garras.
Entendo, concordo. Arranha-me.
Agora lasque as máscaras depreciativas,
conceda a cor viva.
Esfregue o rubor em teu corpo.
Deseje-se, com sentido
Deseja-me, mas deseja-me com garras.
Entendo, concordo. Arranha-me.
Agora lasque as máscaras depreciativas,
conceda a cor viva.
Esfregue o rubor em teu corpo.
Deseje-se, com sentido
sexta-feira, 12 de março de 2010
Simples
"Teu desejo de mudar é exageradamente volumoso
para ser mantido em pequenas mãos.
Tem que ser espalhado pelo corpo,
como uma nova camada de pele".
para ser mantido em pequenas mãos.
Tem que ser espalhado pelo corpo,
como uma nova camada de pele".
O dia amanheceu claro. Minha casa forma uma sinfonia, nessa manhã. Escuto o barulho áspero da panela de pressão da minha mãe, do noticiário da tv do meu pai - com o volume estourado - e algumas melodias do Chopin, em meu computador. Acordei bem, é sexta. Irei para o trabalho em alguns minutos. Gravarei os Vts aprovados e levarei na tv - acho que ainda não contei, fui contratado e agora vou para a produtora de manhã e de tarde, só que ainda não me adaptei a vender minhas horas.
Algumas coisas foram bem nessa semana, mas a maior parte delas continuam em desequilíbrio. Ou, talvez só estejam longe da minha liberdade. Err, cada um tem seu tipo de liberdade, o meu é passar o dia todo fazendo o que eu quiser e onde eu quiser - qual o seu tipo?. Trabalhar está nitidamente distante do que eu quero nesse momento. Não consigo me concentrar para encarar o enorme livro de história da arte ou tentar assimilar detestáveis calculos matemáticos. Não há tempo para isso, há? Digo, eu sei que há. O problema é que nunca estou satisfeito com o que tenho e fico criando mais obstáculos para não encarar o desagradável. E, de qualquer forma tenho poucas horas do dia dedicadas exclusivamente para mim... estou pensando em largar tudo em junho e começar a devorar conhecimento. Hoje, sinto-me faminto.
terça-feira, 9 de março de 2010
Dica
Eu sei, tenho que atualizar. Mas meu tempo casou-se com várias obrigações e me deixou de lado. Visita-me poucas horas por dia - embora eu ache que ele só venha por causa do sono. A propósito, sexta-feira prometo postar sobre o casamento de Camila, meu contrato na produtora e algum outro texto que ainda não nasceu.
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